Quantas almas eu tenho? Tantas quantas as que vivi, ou que viveram em mim (?).
Tenho a alma dos meus amigos, poucos, contados nos dedos de uma mão (minha mão tem dedos demais, teria que cortar alguns), mas eles têm minha alma também.
Alguns novos amigos apareceram recentemente, sabe, daqueles que vale a pena colar alguns dedinhos de volta, amigos pacientes, perfeitos com defeitos.
Não, eu percebo agora que realmente eu não sou um esquilo, nem vou ganhar um esquilo azul.Mesmo que eu ligue nos próximos 10 minutos.
Mas definitivamente vou dominar o mundo, com a ajuda preciosa d"os que importam". Se eles desejarem isso também. Depois decidimos quem fica com a chave.
Bom, declaro assim aberta a primeira sessão de dominação mundial.
Escrevem aqui apenas "aqueles que importam", os que trilharam o árduo caminho de entender o impossível. Aqueles que ocasinalmente conseguem atingir a mesma vibração. Nosso microcosmo que consegue dentro desse admirável mundo novo (a internet) fazer o mundo inteiro desejar
vibrar igual.
Obrigada às minhas almas partilhadas
INICIAÇÃO
Não dorme sob os ciprestes,
Pois não há sono no mundo.
................................
O corpo é sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.
Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa:
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.
Por fim, na funda Caverna,
Os deuses despem-te mais,
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.
................................
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não 'stás morto, entre ciprestes.
..................................
Neófito, não há morte.
Então Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
Fernando Pessoa
Pois não há sono no mundo.
................................
O corpo é sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.
Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa:
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.
Por fim, na funda Caverna,
Os deuses despem-te mais,
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.
................................
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não 'stás morto, entre ciprestes.
..................................
Neófito, não há morte.
Então Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
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